"Nova Política" para principiantes
"É a Marina Silva? Ela tá com a gente! Tá liberada!"
Dr. Toicinho, CEO do PIG (Partido da Imprensa Golpista) desde 1939.
Aulas de marketing da "Nova Política"
Workshop ministrado pelo Dr. Toicinho (apenas para o alto escalão,
a Elite).
Parte
1
"Nova
Política" é diferente da "velha política".
Diga que é diferente e
pronto!
Não importa que a
pessoa tenha 30 anos de carreira política, pulado de partido em partido e seja
contraditória.
O importante é as
pessoas gravarem o “diferente”.
As contradições nós
minimizamos e escondemos.
Caso seja questionada
da diferença, é só a pessoa insistir e bater na tecla:
“É diferente!”
Após afirmar com
firmeza por três vezes a “diferença”, basta falar quaisquer coisas sem sentido,
sem pé nem cabeça.
Por quê?
Nossas publicações se
encarregam de conferir uma sensação de “sabedoria” etérea e divina.
As pessoas não se
prendem a questões lógicas.
Elas são irracionais.
É suficiente dizer: “O
futuro será brilhante!”
Os figurinos, maquiagem
e outras são por conta da produção da novelinha.
Parte
2
"Nova
Política" é diferente da "velha política".
Observe que, na
primeira, as iniciais são com maiúsculas; na segunda, com minúsculas.
É uma forma de
diferenciar “sofisticada”.
Parte
3
"Nova
Política" deve ter o marketing da
pureza.
Não importa se é
encardido/a.
Quando se afirma a “candidez”,
as pessoas imaginam anjos ao redor da “Santa”, que é o nosso produto para a
gentinha ignorante engolir.
Ou seja, nosso público
alvo é crédulo, sem capacidade de matizar nada, quase analfabeto (politicamente
falando) e, atenção, pertence a diferentes extratos sociais. É claro que os
mais altos aderem por conveniência (leia-se, conivência); os médios e baixos,
são cooptados pelo entorpecimento de nossa propaganda narcotizante.
Por exemplo, os
problemas de abastecimento de água em São Paulo são decorrentes,
principalmente, da falta de planejamento e obras do governo do Estado de São
Paulo.
Ao invés de admitir a
negligência, basta atribuir a São Pedro o problema, terceirizando a responsabilidade
e deixando as pessoas desinformadas. Elas pensarão tratar-se de uma fatalidade,
um golpe do destino. Que a falta de água será culpa delas caso não economizem.
Por isso, a ideia é frisar as condições climáticas adversas ("há milênios não ocorre estiagem assim"), jamais reconhecer a não
realização de obras que poderiam evitar ou arrefecer o problema. Manda a peãozada por uns tapumes para dar a impressão de que há "trabalho" e "ação".
Parte
4
Como consequência do
anterior, o marketing da santa é uma
modalidade de atrair incautos que acreditam em mula-sem-cabeça, coelhinho da
Páscoa e, principalmente, nas notícias do Jornal Nacional, da Veja, da Folha,
do Estadão etc.
Conclusão
Espero que não tenha
mais que me alongar para explicar porque a #SantaSQN, a #SantadoPauOco, com
nossos truques de edição e montagem “jornalística”, parecerá para essa legião
de incautos e otários de diversos naipes, os Homer Simpsons, como o retrato fiel da nossa habilidade de iludir jovens,
adultos, crianças e velhos, mostrando que o melhor é eleger a nossa candidata,
a candidata da mídia, a candidata dos banqueiros.
Resumidamente, a candidata
das elites.
É só apresentá-la como
a candidata da “Divina Providência”, a “opção divina”, a “messiânica”, a “ungida”
e ideias correlatas para lançar a Rede Socialite
e pegar esses peixinhos idiotas.
E, para finalizar, nada de reportagens sobre DARF, sonegação de impostos etc.
Compare também:
Marina confessou o conhecimento de um crime
eleitoral e a participação nos benefícios desta transgressão.
O frágil equilíbrio que marca a candidatura de
Marina Silva foi testado em sua entrevista ao Jornal Nacional e o resultado não
foi muito positivo para ela.
Acabou a folga para Marina.
Esta é a principal conclusão que emerge da
entrevista com ela no Jornal Nacional.
Confira também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário