O custo diz tudo - Janio de Freitas
Comparadas as duas obras, o custo de um quilômetro do metrô paulistano
era três vezes
o custo de um quilômetro do túnel sob o Canal da Mancha,
ligando
o continente europeu à Inglaterra - a chamada "Obra do Século".
O custo diz
tudo - Janio de Freitas
Na confusão noticiosa de várias
licitações, em dois ou três governos paulistas, para diferentes contratações de
obras, vagões, locomotivas e serviços diversos, por ora só há certeza em um
ponto. E pela razão de que é claro por si mesmo: nenhuma empresa desgastaria o
seu nome internacional expondo documentos e fatos inverdadeiros em que tivesse
papel ilegal e imoral.
A outra preliminar, diante do tão
demorado início de uma investigação em torno do metrô paulista, já é de
conhecimento público e histórico. Afinal de contas, nunca faltou a percepção de
que esse metrô, como o do Rio e o tal metrô de Brasília, veio ligar os cofres
do Estado a muitos destinos não declarados.
A propósito dessa característica
fundamental do metrô, uma lembrança aqui publicada há poucos dias levou a
outra. Citado pela ajuda que me deu para desmascarar a empreiteira Mendes Jr.,
que negava uma fraude no governo Quércia aqui revelada, o jornalista Leão Serva
me relembrou a revelação que se seguiu. Uma demonstração que ninguém teve
números ou argumento com que contestar. E que nem por isso foi capaz de tirar
da sua comprometida ou comprometedora imobilidade o Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo e o Ministério Público estadual.
Comparadas as duas obras, o custo de
um quilômetro do metrô paulistano era três vezes o custo de um quilômetro do
túnel sob o Canal da Mancha, ligando o continente europeu à Inglaterra -a
chamada "Obra do Século".
O custo. Não há mais fácil indicador.
O fornecedor de vagões, por exemplo, não fornece só para o Brasil. E não há
dificuldade em levantar os preços que pratica com outros clientes. O mesmo para
os serviços e fornecimentos em geral. Para obras existem até os departamentos
estaduais e municipais acompanhadores de todos os preços de materiais e de
engenharia, desde o metro cúbico de areia aos serviços mais especializados. A
comparação entre os valores levantados e os valores contratados diz tudo.
O que foi exposto nestes dias, sobre
algumas das licitações do Metrô e da CPTM, é bastante lógico e verossímil. Nem
seria liberado por empresa envolvida se não o fosse, por deixá-la mal. Mas só
fará pleno sentido quando ou se entrar no que representou para os cofres
públicos. Fosse o destinado a empresas, fosse o repassado por elas a outro
destino.
PODER USURPADO
Presidente da Câmara, o peemedebista
Henrique Alves pretende levar depois de amanhã (13) à votação um assunto de
muita gravidade. É o projeto que obriga o governo a liberar todas as verbas
incluídas no Orçamento para finalidades indicadas por cada parlamentar. No
Orçamento deste ano há R$ 30 bilhões nesse caso.
A pretexto de impedir liberações
desequilibradas entre os partidos, esse projeto puxado pelo próprio Henrique
Alves tem, a rigor, finalidades eleitoreiras. E em muitos casos, como sugerem
verbas inscritas em anos anteriores, de corrupção mesmo.
Mas a própria existência dessas
verbas de iniciativa parlamentar, chamadas de emendas parlamentares, merecia
ser discutida fora do Congresso. Ou seja, longe dos interessados.
Ao Congresso compete legislar. Em
matéria orçamentária, isso significa concordar no todo, em parte ou nada, com
os itens e respectiva verba inscritos no projeto apresentado pelo governo para
o Orçamento anual. Definir tarefas administrativas é finalidade dos governos e,
na partilha dos Poderes, atribuição do Executivo. Aos congressistas, como
alegados representantes da população, em nome dela cabe autorizar o Orçamento.
Dando-lhe, como Legislativo, fundamentação legal.
As "emendas parlamentares"
não são emendas de coisa alguma. São inclusões, no Orçamento, de finalidades e
gastos de interesse dos parlamentares. Usurpação de atribuição do Executivo, o
federal, o estadual e o municipal.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/janiodefreitas/2013/08/1324800-o-custo-diz-tudo.shtml
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Via Crucis da TV Cultura - Crucificação da TV Cultura e sua transformação em TV Tucana
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Pela desprivatização imediata da TV
Cultura
Obrigado, PSDB.
Dr.
Toicinho joga José Serra (a carga) ao mar.
EXCLUSIVO:
Wikileaks do Dr. Toicinho - Blog do Agenor Bevilacqua Sobrinho revela e-mail
secreto do Dr. Toicinho, CEO do PIG desde 1939
http://agenorbevilacquasobrinho.blogspot.com.br/2013/08/exclusivo-wikileaks-do-dr-toicinho-blog.html
Tucanos
sabiam de tudo há muitos anos
Lei 45.171
- Obriga a detalhar propinoduto
Favor não
mexer no ninho da dinheirama paulista
Serra é
dos bens 100%
House
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Brecht
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